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Publicado na Segunda, 19 de agosto de 2013, 17h30
Anda difícil vender casas na praia; entenda por quê

São Paulo – Proprietários têm enfrentado dificuldade em vender suas casas de praia de médio e alto padrão no litoral paulista, sobretudo no Guarujá, segundo David Andreatta, proprietário da Andreatta Broker, imobiliária especializada no litoral paulista, com 20 anos de atuação no setor.

Segundo Andreatta, depois de uma forte alta, o mercado imobiliário no litoral de São Paulo tem sofrido um desaquecimento em algumas regiões. Imóveis vendidos por mais de 1,5 milhão de reais têm demorado cerca de três anos para encontrar um comprador. “Em algumas regiões do Guarujá, por exemplo, eu tenho de 50 a 100 imóveis de alto padrão à venda, e apenas cinco pessoas procurando imóveis para comprar”, diz. 

Alguns fatores podem explicar essa dificuldade na venda. O primeiro deles é a mudança de hábitos das famílias. De acordo com Andreatta, com a maior facilidade para viajar ao exterior, alguns proprietários têm preferido gastar seu dinheiro lá fora a usá-lo com a manutenção da casa de praia. “Muitos proprietários não querem mais ter casa de veraneio porque ficou mais fácil viajar para outros países do que manter uma casa na praia, o que costuma consumir quatro mil reais por mês”, diz.

Em outros casos, os proprietários querem se desfazer do seu patrimônio depois que os filhos crescem, estabelecem outras prioridades e compromissos no final de semana, e a casa acaba ficando grande demais apenas para os pais. 

Outro fator mencionado por Andreatta diz respeito às propriedades herdadas. Segundo ele, muitas casas que são recebidas por herança acabam se tornando motivo de confusão na família, já que nesse tipo de situação o imóvel passa a ser compartilhado por muitos parentes.

Além das mudanças de hábitos dessas famílias, as dificuldades de acesso às cidades do litoral contribuem para o menor interesse pelos imóveis de praia. “As praias de Santos, Riviera de São Lourenço e Guarujá estão passando por um momento de dificuldade muito grande por causa da estrada. A Rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera-Guarujá), por exemplo, tem muito trânsito de caminhões e congestionamentos insuportáveis. Está difícil chegar à praia”, afirma o proprietário da Andreatta Broker. 

Soma-se ainda a esses fatores o aumento da violência, que tem afetado muito o turismo de cidades como o Guarujá. “A procura de casas fora de condomínios no Guarujá tem diminuído muito. Casas fora de condomínio nas praias da Enseada e Pernambuco têm se desvalorizado. Nós temos na imobiliária uma casa no Jardim Virgínia, por exemplo, de 1.500 metros quadrados e que tem até quadra de tênis. Ela estava à venda por 1,5 milhão de reais, mas agora o proprietário já está aceitando ofertas de 850 mil reais”, afirma Andreatta.

Ele acrescenta que ainda que a desvalorização ocorra nas casas que ficam fora de condomínios, mesmo as casas que ficam dentro de espaços fechados têm sido vendidas com descontos quando os compradores oferecem um pagamento à vista.

Fonte: www.exame.com