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Publicado na Terça, 03 de junho de 2014, 13h15
Valorização de imóveis usados supera inflação; corretores negam sinal de bolha

SÃO PAULO - Os preços dos imóveis usados em São Paulo cresceram acima da inflação entre 2011 e 2013, apontou uma pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).

Os preços médios de casas e apartamentos usados na capital aumentaram 20,6% nesses três anos, enquanto média da inflação do período foi de 19,39%, considerados os índices do IPCA, INPC, IV e IGP-M. Mesmo assim, na avaliação do Conselho, o comportamento contradiz especulações de que uma “bolha especulativa” estivesse prestes a estourar no mercado.

Entre os oito tipos de imóveis - casas e apartamentos de um a quatro dormitórios - considerados no levantamento, cinco ganharam da inflação. Os apartamentos de quatro dormitórios registraram a maior valorização no período, com uma média de 30,75%. Os preços das casas de três dormitórios cresceram 28,71%, os dos apartamentos de dois dormitórios 24,13%, casas de dois dormitórios, 23,9%, e das casas de quatro dormitórios, de 23,83%.

Os três tipos de imóveis que perderam para a inflação foram apartamentos de um dormitório (aumento de 8,08%), apartamentos de três dormitórios 14,49%), e casas de um dormitório (12,79%).

Sem “bolha especulativa”
Segundo o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, pelo menos no segmento de imóveis usados, uma “suposta explosão da bolha especulativa” é apenas um fantasma. “Não é que não existam situações em que preços possam estar inflados, mas, na média geral, e até nos exemplos extremos de valorização média apurados, os preços não indicam que o mercado esteja contaminado por movimentos especulativos”, explica.

Entre os elementos que o fazem descartar a ameaça de uma bolha que derrube os preços de imóveis usados, José Augusto cita o “o rigor dos bancos na concessão dos empréstimos imobiliários, a fiscalização normativa do Banco Central sobre as operações de crédito e a inexistência de um processo que transforma maciçamente o crédito hipotecário inicial em um ativo que é revendido várias vezes, sem lastro real, como ocorreu nos Estados Unidos.”

O presidente considera ainda que o período do levantamento do Creci-SP na capital paulista – 2011 a 2013 - já reflete uma situação de mercado diferente daquela existente imediatamente após a crise de 2008, que custou estimados US$ 3 trilhões apenas ao Tesouro dos EUA.